Olá pessoal tenho andado meio sumido ultimamente, mas o tempo não
tem me permitido, aliás, é melhor para de reclamar do tempo, pois afinal de
contas Deus concede 24 horas para todo mundo inclusive para mim então é bom
parar de perder tempo e ir logo ao que interessa não é mesmo? Por isso vamos
nessa!!!
Sempre gostei muito de ler estórias e
ilustrações mas principalmente de aplicá-las como exemplos em meu trabalho quer
no consultório quer como introdução de um sermão. Hoje, todavia quero contar
uma dessas estorias que por certo você já ouviu, ou leu muitas vezes, todavia
acredito que vale a pena ler mais uma vez.
As rãzinhas
Contam que certa vez duas rãzinhas
caíram num balde de leite. A primeira era forte e valente, assim, logo ao cair
nadou até a borda do balde a fim de sair do mesmo, mas como a superfície era
muito lisa, não conseguia sair. Acreditando que não havia saída, então,
resolveu se entregar e desistir de lutar contra o inevitável. Sua companheira
de infortúnio, apesar de não ser tão forte, procurou estimulá-la a não desistir
e dizia: “Vamos tentar mais um pouco, não desista, lute...”. Porém,
a outra já sem forças e desanimada, lhe respondeu: “É inútil
lutar!” E olhando para a companheira parou de nadar e de se debater e
afundou.
Sozinha a rãzinha, sentiu-se desamparada e
pensou também em desistir, mas em meio a tudo isso disse consigo mesma: “Posso
morrer, mas, vou lutar até o fim” e tomada deste
sentimento continuou a se debater, se debater e se debater por tanto tempo,
que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando,
ficando mais grosso e cremoso e então se transformou em manteiga criando assim
uma base sólida debaixo dos seus pés e a rãzinha então reuniu todas as suas
forças encolheu suas pernas e... Zummmm.... deu um salto para a liberdade, para
a vida e para algum lugar seguro.
Entretanto, tempos depois a rãzinha, por
descuido ou acidente sei lá, novamente caiu no balde. Como já havia aprendido
em sua experiência anterior, aproveitou para se refrescar até que decidiu que
era hora de ir embora. Então com otimismo começou a se debater, na esperança de
que, no devido tempo, se salvaria. Uma mosca, passando por ali e vendo a
aflição da infeliz rãzinha pousou na beira do balde e gritou: "Tem
uma colher de pau ali, nade até lá e suba por ela”. A rãzinha valente não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua
experiência anterior de sucesso, continuou a se debater e se debater, até que,
exausta não aguentando mais desistiu de lutar afundando no balde cheio... de água.
Bem queridos, durante anos, ouvi a primeira
parte desta história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um
hábito que nos leva ao sucesso. Mas quantos de nós, baseados em experiências
anteriores, deixamos de notar as mudanças
no ambiente e ficamos nos
esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos em nossa
própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que
quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim,
perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência. Ficamos
paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.
"Reenquadrar" é uma das ferramentas
que tenho tido oportunidade de usar no apoio ao aprendizado e crescimento de
muitos que me procuram. Pessoas que já perceberam que nem sempre o esposo,
pais, amigos, familiares ou mesmo um conselheiro espiritual pode mostrar-lhes a
visão isenta do ambiente ou da situação que estão vivendo.
"Reenquadrar" é permitir-se olhar a
situação atual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos.
"Reenquadrar" é buscar ver através de
novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser
encarado como aprendizagem.
Desta forma, todo o
medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à
motivação de continuar buscando o que queremos: à autoestima que nos sustenta.
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