Olá amigos! Estou de volta e quero pensar com você sobre o tema
acima proposto. Hoje conversava com uma amiga que me disse o seguinte: “hoje eu
me produzi o melhor que pude para ir trabalhar e me senti bem com isso”. Então
lhe perguntei qual fora o motivo para tal atitude e uma vez satisfeita minha
curiosidade, me pus a refletir acerca da questão autoestima, lembrando-me das
muitas pessoas que aparecem no consultório mostrando claramente problemas de
autoestima e estando muitas vezes equivocadas a respeito da mesma, sendo
necessário, esclarecer-lhes o que é e o que não é autoestima (não sendo este o caso
de minha amiga). E é diante do que expus acima que escrevo aqui o resultado
da minha reflexão.
Hoje em dia tem-se falado muito sobre
Autoestima elevada, como a solução para se alcançar o sucesso. E o que se propaga como
sucesso, geralmente está associado ao fim das dificuldades financeiras, das
frustrações afetivas e a ascensão e projeção profissional. Imagina-se que para
alcançar a tão desejada alta autoestima, devemos pensar única e exclusivamente em
nós, olharmo-nos no espelho dizendo: “eu me amo, não posso
mais viver sem mim, independentemente de
todos os meus defeitos e falhas”, ou melhor, “eu me amo mesmo tendo
tantos defeitos”.
Muitas pessoas buscam a forma física perfeita,
um verdadeiro culto ao corpo, não importando o quanto isso custe, na esperança de
serem mais notadas e assim “elevarem” sua autoestima. Vivemos a era da
‘Ditadura da Beleza’ e assim, combina-se egocentrismo, hipocrisia e falta de
bom senso, como fórmula de elevar a autoestima. Não é a toa que tantas pessoas caem nas
mãos de indivíduos inescrupulosos que se prevalecem do seu interesse em
fórmulas milagrosas tais como: ‘10 passos para a
felicidade’.
Enquanto isso, cresce pelo mundo, o consumo de
antidepressivos, estimulantes, drogas, álcool, fumo, violência, stress, fome,
falta de cultura etc., sintomas claros da baixa autoestima.
A autoestima não é um sentimento, não é uma
atitude, como pensam muitos. Pelo contrario é um processo do qual sentimentos e
atitudes fazem parte. A autoestima começa a ser construída no primeiro instante
do ser, e vai se desenvolvendo no decorrer de sua existência. É um processo
ativo, contínuo que se atualiza dia após dia, através de nossas experiências.
Nada tem a ver com egoísmo.
A pessoa que tem uma autoestima positiva, tem
consciência de si, é autocentrada, possui ética e bom senso. Reconhece suas
qualidades como potenciais e as utiliza com segurança e confiança. Assume a
responsabilidade pelos seus erros e dificuldades, e sabe que necessita aprender
para transformá-los em potenciais. Pensa em si como elemento útil à comunidade
e não se vê como o centro dela, e enxerga os obstáculos da vida como
possibilidades de desenvolvimento e crescimento. Sabe no seu íntimo, que o
sucesso é estar de bem consigo mesmo, e para isso não precisa ser a mais
bonita, nem a mais inteligente, só precisa saber quem é e acreditar em si. E
também sabe que não há felicidade sem intenção, trabalho, determinação. Quem
tem uma boa autoestima, realiza tudo com amor, bondade e prazer. Promove
crescimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário