O amigo já ouviu falar da “Terra do Mexerico”? Não? Pois é de
admirar porque não está muito distante. Leia a respeito desta terra
terrível para que nunca a encontre, pois tenha certeza, não vale a pena!
A “Terra do Mexerico” não fica longe de quem quer lá ir. Fica situada
perto da “Baía da Falsidade”,
onde a velha “Senhora Boato” têm
a sua residência.
A “Ociosidade” o levará lá em menos de uma hora. A “Estrada dos Maldizentes” é muito popular, e a maioria das pessoas que visitam
a “Terra do Mexerico”,
preferem-na por ser bem asfaltada. Contudo, há um perigo, porque quase todos os
visitantes, cedo ou tarde, caem na “Baía
da Falsidade”, cujas águas são muito sujas por receberem os detritos de
diversas povoações.
A estrada passa pelo “Túnel do Ódio”, sendo a rua principal
chamada de “Dizem”, terminando
numa grande praça por nome “Ouvi Dizer”.
Muitas pessoas viciadas passam ali horas esquecidas, sendo acariciadas pelas
brisas da “Baía da Falsidade”
conhecidas pelo nome de “Não Conte
Nada”.
No centro da cidade está o “Parque das Histórias”. É um recinto
perigoso, não sendo raros os crimes de morte. As últimas vitimas foram um homem
chamado “Bom Nome” e uma senhora
conhecida pelo apelido de “Reputação”.
Os atacantes quase sempre se escondem na “Vila da Difamação”, um lugarejo onde governa certo indivíduo
chamado “Orgulho Invejoso”. Este
é um corcunda horripilante, mas por ter certas maneiras atrativas, consegue
ganhar algumas amizades principalmente daqueles que preferem viver na “Terra do Mexerico”.
A estrada do “Dizem”, apesar de bem frequentada é
muito perigosa, e muitas pessoas tem sido atacadas ali, e deixadas muito
machucadas. Esquecíamos de mencionar que esta estrada atravessa uma colina
chamada “Remorso” a qual apesar
de regada com lágrimas abundantes, produz frutos muito amargos. Ao lado encontra-se o cemitério onde
estão sepultadas muitas pessoas que por descuido se aproximaram daquela terra
de maldição. Evitai, pois a “Terra do
Mexerico”.
Para concluir gostaria de
deixar-lhes um conselho caso te sintas tentado a visitar esta terra perigosa ou
mesmo se fores induzido a isto o conselho é: quando desejares contar algo a
alguém passe-o pelo crivo das três peneiras:
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. - Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- A segunda peneira: a bondade. - O que vai contar gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- A terceira peneira: a necessidade. - Você acha mesmo necessário contar esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. - Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- A segunda peneira: a bondade. - O que vai contar gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- A terceira peneira: a necessidade. - Você acha mesmo necessário contar esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
Se passar pelas
três peneiras, conte! Caso contrário esqueça e enterre tudo.
Será uma rua a menos na terra do Mexerico.
Devemos ser
sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que
ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo
das três peneiras e evite a qualquer custo a “Terra do Mexerico”.
Adaptação: Erivelto Batista da
Silva
Nossa muito legal o texto!!!! Amei!! Twm muita gente que morre pela lingua!!
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