À procura da felicidade

Olá! Ontem eu assisti ao filme "À procura da felicidade" com Will Smith e decidi escrever esta reflexão, espero que gostem.
O ser humano é um ser que antes de tudo, se esforça para ser feliz! Qual o sentido da vida? Por que sofrer? Estas são interrogações que afligem um número cada vez maior de pessoas. Pois, vivemos numa época de profunda falta de perspectivas e de crença na vida e seu sentido. A busca de um sentido para a vida nasce numa época de crise como resposta a esta mesma crise.
O SER HUMANO E SUAS CONFUSÕES: E esta confusão é uma eterna luta para o ser humano sair de si, superar seu egoísmo indo ao encontro do outro, buscando evadir-se de um abismo sem fim, que é o vazio e isolamento existencial. A vida está frequentemente vazia de significados, porque nós nos esquecemos de que ela tem um sentido. Esse esquecimento é a causa mais comum da angústia e do vazio existencial. 
A consciência é permanente e inerente ao homem. É a faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados. E esta consciência moral pode e deve ser desenvolvida. Ela se revela como uma função essencialmente intuitiva, estimulando e facilitando o homem à mudança.
O sentido do amor no encontro com o outro somente se dá, quando temos abertura para aceitá-lo da maneira que ele realmente é. Ninguém consegue ter plena abertura para conhecer outro ser humano se não amá-lo. Além disso somente o amor o torna capaz de conscientizar o ser amado, daquilo que ele pode e deveria vir a ser. Amar é uma decisão da consciência e não simplesmente um impulso (ID). Enquanto um eu for “impulsionado” para um tu por um ID, não é possível falar de amor. No amor, um eu decide por um tu.
Toda a liberdade tem um “de que” e um “para que”. No primeiro o homem se liberta de seu ID, no segundo é a sua responsabilidade. A consciência é a voz da transcendência (passar de algum estágio para outro) e por isso ela mesma é transcendente. Ser livre é pouco ou nada, se não houver um “para que,” porém, também ser responsável não é tudo, se não soubermos perante o que somos responsáveis.  Ela pode ser definida como a capacidade de procurar e descobrir o sentido único, e oculto em cada situação.
O sentido não só se modifica de um dia para o outro e de uma hora para a outra, como também é, diferente de pessoa para pessoa.  Vivemos numa sociedade de contradições: da escassez à superabundância, de bens materiais, informações e estímulos. Se o ser humano não souber dar prioridades e encontrar sentidos, ele acaba caindo na frustração e no vazio existencial.
Pascal disse: "O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Durante a nossa vida nos encontramos em situações nas quais o sofrimento é inevitável, em que não há mais esperança ou diante de uma fatalidade que não pode ser mudada. E quando isto acontece, tomamos consciência de que só nos resta mudar a nós mesmos, enfrentando o sofrimento com dignidade e coragem.  
O que se requer da pessoa nesses momentos é que suporte a incapacidade de compreender racionalmente que a vida tem um sentido incondicional, não obstante as circunstâncias. Este sentido incondicional é chamado de supra-sentido que só aprende pela fé, pela confiança, e pelo amor, não pode ser compreendido pelo raciocínio que responde à pergunta do "por quê?" (Frankl, 1948/1993).
Esse supra-sentido pode ser bem exemplificado na fé religiosa, onde as pessoas confiam naquilo que não veem ou compreendem e esperam por um futuro do qual não tem provas que possa existir. Esse princípio, muitas vezes, impulsiona e dá forças às pessoas para superar as adversidades.  A busca do sentido permite-nos ver que há uma presença Divina no tratamento terapêutico e na busca da saúde de modo global, e que a ciência não pode desconhecer a questão da fé no tratamento de saúde. 
O objetivo real do homem não é realizar a si mesmo, mas realizar um sentido. E só quando ele realiza o sentido concreto de sua existência é que ele realiza também a si mesmo.  O vazio existencial advém com a perda da tradição e com a frustração existencial.
A Tríade trágica: Sofrimento/culpa/morte pode ser transformada em algo positivo, e é na verdade o ser humano em busca do supra-sentido. Dostoievsky afirmou: “Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento”.
Como podemos ter um otimismo trágico diante da dor/culpa/morte? Para Victor E. Frankl, o que importa é tirar o melhor de cada situação vivenciada, valorizando assim o potencial humano de superar a si mesmo.  Como?
1. Transformando o sofrimento numa conquista e numa realização humana;
2. Extraindo da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor.
3. Fazendo da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis.
A globalização que nos trouxe coisas maravilhosas como acesso às informações, conhecimento cientifico e tecnológico de modo geral, trouxe-nos também, desemprego em massa, aumentou o número de miseráveis em todo o mundo bem como o aumento de forma considerável da injustiça e a insegurança. E nestes tempos de incertezas é necessário encontrar também o supra-sentido, que é a resposta ultima aos anseios da alma humana, principalmente diante da morte, na busca por um sentido maior de viver.  Se você pensa que a vida é injusta com você por ter sofrido perdas, sofrimento e dor, saiba que a vida espera uma resposta sua urgente, saudável e solidária. “Que você saia da sua zona de conforto e ame, lutando de modo solidário por um mundo melhor, e mais justo”.

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