Olá, tudo bem?
Já faz alguns dias que não posto nada aqui; e a
razão é que tenho por hábito, escrever com o coração e nem sempre é fácil
traduzir em palavras aquilo que o coração nos diz; e mais do que traduzir em
palavras, é necessário entender o que e para quem ele o diz. Mas vamos nessa!
“A
mão não alcança aquilo que o coração não almeja”
(Provérbio
Gaulês)
Tenho pensado muito nesta
frase e este é o motivo deste artigo. Você já se deu conta de que algumas
vezes, tomamos decisões geralmente sem considerar quem somos e acabamos caindo
em um buraco do qual parece que jamais sairemos? É preciso considerar aqui de
onde vêm as nossas decisões, pois, NOSSOS VALORES GOVERNAM NOSSAS DECISÕES
MESMO QUE NÃO SAIBAMOS DISTO E SÃO NOS MOMENTOS DE DECISÕES QUE NOSSO DESTINO É
TRAÇADO. Pense nisto!
Uma decisão leva até outra,
que leva para outra e para outra como um efeito dominó. Imagine então, se esta
decisão primeira estiver errada?! O fato de eu ter mencionado acima a questão
dos nossos valores é tão somente para pensar no porquê muitas vezes não
alcançamos nossos objetivos e sonhos. Daí então o pensamento: “A mão não
alcança aquilo que o coração não almeja” passa a fazer maior sentido, pois
não haverá esforço real, empenho real se o nosso coração de fato não o desejar.
Muitas vezes, no final de um
dia nos perguntamos: o que é que fiz da minha vida? Por que valeu a pena o dia
de hoje? E a resposta muitas vezes, é um enorme vazio. Mas, assim mesmo vamos
vivendo; um dia após o outro, numa rotina enfadonha, sem sonhos, sem paixão,
fazendo e vivendo de forma robótica, sem que haja uma luz no fim do túnel.
O Escritor Aldo Novak, em um
de seus escritos, relata que após uma palestra, um espectador veio dizer-lhe
que se sentia como um zumbi, como se fosse alguém que passava os seus dias
apenas reagindo aos acontecimentos e pessoas, sem escolher nada do que
acontecia:
“Escolhi minha profissão
porque tinha que agradar meu pai. Casei-me com alguém que mal conhecia, porque
estava sozinho. Neste momento, trabalho no que não gosto porque tenho que pagar
as contas.” E completou: “Pisquei os olhos e já passaram 30 anos,
igual ao personagem do filme ‘Click’. Tenho vários sonhos que ainda poderia
realizar, mas será que eu devo?”.
Isto em algum aspecto te
parece familiar? Muitas vezes a vida parece uma estrada reta e interminável,
mas não há nada de errado nisso quando sabemos para onde estamos indo. Certa
vez, eu fiz uma viagem do extremo Sul do país (Brasil) para Recife, a viagem
mais longa que já havia feito de carro, até então, não chegara a 300 km e
agora, eu decidi que iria atravessar o país. Eu não tinha a menor noção do
quanto gastaria de combustível, não tinha GPS e nunca havia viajado para o
Nordeste. Mas, eu tinha um mapa, sabia para onde estava indo, tinha objetivos
claros.
Houve momentos em que a
estrada me parecia demasiadamente longa e monótona, dava sono. Mas, havia
momentos muito excitantes também. Houve um trecho de um pouco mais de 100 km
que levei mais de 8 (oito) horas para percorrer; fiquei preocupado e receoso de
que o carro quebrasse. Mas, eu sabia para onde estava indo, eu tinha um destino
e o mais interessante, é que eu não estava sozinho nesta estrada, havia outros
motoristas, cada um com seus motivos, mas todos, na mesma estrada.
Amigo não importa quão
rotineira esteja sua vida, se você tem um objetivo, um sonho, você não esta
sozinho nesta estrada, siga em frente e se precisar pare, mas só o suficiente
para se orientar, olhar no mapa, reavaliar a trajetória e siga em frente.
“A mão não alcança aquilo que
o coração não almeja”, mas você já percebeu que quando queremos de fato
alcançar alguma coisa, a gente consegue se esticar um pouco mais?
A gente se vê no final da estrada.
Um grande abraço.
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