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A Química dos Conflitos

Ola! Antes de tudo quero dizer-lhes que comecei este artigo pelo final e já faz alguns dias que está escrito, todavia não sabia como explicar-lhes a razão do mesmo então decidi simplesmente expor os meus motivos. Acredito que a maioria daqueles que poderão ler até o fim serão mulheres, visto serem estas as eternas vigilantes do relacionamento em nossa sociedade, mas se você for um homem e conseguir ler até o final, parabéns; você faz parte de um grupo seleto de homens. Então convém deixar de lado os rodeios e irmos ao que interessa.
Durante muitos anos eu me perguntava por que eu, um homem relativamente inteligente, um ser pensante e sempre tendo uma opinião sobre quase todos os assuntos não conseguia reagir ou me posicionar adequadamente diante de um conflito conjugal. Não conseguia entender porque minha boca ficava seca, a respiração ofegante e coisas parecidas e muitas vezes não conseguia raciocinar direito diante da tensão do conflito. Desenvolvi gastrite nervosa, renite alérgica e por ai afora, (já faz alguns anos que não sofro mais dessas coisas) e ainda me perguntava: “Como é que pode eu sou um cara que passa horas ouvindo e ajudando pessoas e na hora de tratar os meus problemas conjugais eu travo?... Babaca...” Enfim estando fora desta zona de conflito me pus a raciocinar melhor.
E, sabendo que muitos homens e mulheres sofrem por causa disso, é que decidi me expor e passar aqui o que aprendi ao longo destes anos. Sei que o que disse aqui me expos, mas não tem problema, eu sou apenas um entre os muitos homens que vivem o mesmo drama. Vou pedir a você que leia com o coração e a mente aberta, pois o que passo a escrever é fruto de pesquisas com o intuito de ajudar a esclarecer algumas coisas sobre a psique masculina e quem sabe assim contribuir para o entendimento do casal.

‘MULHERES ESTOU APENAS MOSTRANDO UM LADO DA MOEDA EMBORA ELA POSSUA DUAS FACES’. Vamos nessa.

 Contando Historias
- Seu marido lhe informa que vai pescar com os amigos no próximo final de semana. Ele sorri contente como um garotão, exibindo todo o conjunto de dentes brilhantes – que você tem uma vontade quase incontrolável de esmurrar. Você já pediu para ele milhões de vezes que não faça planos sem antes conversar com você a respeito. Ele simplesmente esqueceu isso, o que indica claramente um caso de doença de Alzheimer juvenil. E agora você se pega dizendo-lhe mais uma vez como isso te deixa irritada. De repente, os olhos de seu marido perdem o brilho e ele fica surdo como uma porta. Como ele não está ouvindo, você se exalta ainda mais. Isso de nada adianta; em vez de compreender o que a incomoda ele fica completamente alheio ao que se passa. Isso aumenta ainda mais a sua perturbação, de modo que você leva seu termostato emocional ao nível Máximo. Contudo, antes de acabar de falar você fica falando às moscas. O cara se manda!
Agora você está possessa, fora de si. Então você o segue até a sala, onde o encontra olhando perdidamente pela janela o espaço vazio, com o maxilar contraído. Você parte para o ataque e o censura, se queixa, reclama e grita, mas..., ele simplesmente ignora.
Quanto mais ele mantém seu silêncio de pedra, tanto mais você se irrita (ele nem se quer a ama o suficiente para responder ao seu apelo). Fazendo um ultimo esforço, você lança um ataque por todos os flancos e se atira com fúria verbal sobre ele. Funcionou! Ele rompeu o silencio de pedra. Contudo, em vez de mostrar que compreende, ele te dá umas porretadas verbais.
- Acho que o problema é você! – grita ele, sacudindo o punho como se fosse uma clava.
- Não venha jogar a culpa em mim... Foi você quem fez planos de ir passear, sem ao menos se importar comigo.
- E quem ia querer passar o tempo todo com uma..., uma... E com um grunhido, ele sai de casa com a velocidade de um raio.
Na próxima vez que tenta falar com ele você está mais exaltada ainda. E ele, o que não é nenhuma grande surpresa, está ainda mais surdo e na defensiva, ou simplesmente voltou ao seu natural como se nada tivesse acontecido.
Bem, o cenário descrito acima – O homem batendo em retirada quando é criticado, é conhecido também como “retraimento marital”, uma reação primitiva de fuga que acontece quando o homem se sente atacado. E de acordo com amplas pesquisas, o retraimento marital é a principal causa dos conflitos conjugais e dos divórcios.
Essa reação é provocada por uma colisão entre duas modalidades incompatíveis de tratar o conflito: a da mulher, que exprime intensamente a sua mágoa e sua raiva, e a do marido que foge do confronto. O nome técnico desse fenômeno é Circulo da Escalada Negativa da Exigência/Retraimento, mas concentremo-nos no momento, naquilo a que se propõe este artigo, ou seja: as razões pelas quais os homens se retraem.
De acordo com as pesquisas de J.M Gottman e de R. W. Levenson, o retraimento marital é causado por um desequilíbrio químico que se manifesta quando o homem se sente ameaçado. Quando isso acontece, o sistema nervoso autônomo (SNA) do homem é ativado num alto nível. Suas glândulas suprarrenais começam a bombear adrenalina, seu coração acelera, alcançando 100 batimentos por minutos (bpm), seus músculos ficam tensos e em geral ele começa a suar. Trata-se das manifestações fisiológicas da ativação do SNA; são automáticas, pois ocorrem sem a mediação do pensamento.
Os homens são fisiologicamente hiper-reativos ao stress, fato demonstrado em termos empíricos por numerosos estudos. As mulheres ao contrário dos homens, não tem o sistema nervoso automático ativado diante de discussões emocionalmente desgastantes. Sabe-se que diante dos mesmos fatores que produzem stress, os homens apresentam distúrbios fisiológicos, ao passo que a química interior das mulheres permanece relativamente estável. As pesquisas são claras: os homens são mais propensos à ativação do SNA como reação ao stress, de modo geral e ao conflito conjugal, em particular.
Quando ocorre a ativação do SNA, desencadeia-se a resposta “lutar ou fugir”, uma reação primitiva que acontece sempre que pessoa se sente emocional ou fisicamente em perigo. O instinto de fugir quando se está diante de um perigo vem dos tempos remotos nos quais os homens eram caçadores e tinham que enfrentar as feras. Imagine um homem primitivo numa expedição de caça enfrentando um grande número de ameaças a sua vida. Seu corpo precisa estar à altura da tarefa. Salta um tigre a sua frente, seu corpo de imediato entra em padrão lutar/fugir, uma reação instintiva que assegura ao homem que enfrente o tigre ou fuja dele para salvar a sua vida. Trata-se de um instinto necessário para preservar a vida do caçador.
Como esse mecanismo veio fazer parte da forma mais comum de conflito conjugal – o Circulo da Exigência/Retraimento?
Quando a mulher se dirige ao marido rilhando os dentes e lançando-lhe ataques e críticas, o SNA dele vê perigo. O perigo dos tempos modernos não assume a forma de ferozes predadores; ele evoluiu como a esposa zangada.  E o homem moderno se vê diante dos mesmos dilemas que seus ancestrais primitivos tiveram que enfrentar: combater o inimigo.
Como o marido não quer atacar a esposa zangada (lutar), seu corpo envia sinais que fazem com que ele fuja se retraia. Os comportamentos de retraimento se mostram em termos físicos, verbais e psíquicos.  São exemplos de fuga sair de casa ou do cômodo onde se esta e/ou para evitar contato com a parceira; a fuga verbal envolve desculpas, a justificação ou a negação da responsabilidade, o ataque verbal ou a resposta a uma acusação com outra; e a fuga psíquica, que ocorre quando a mente se retira, inclui não ouvir (surdez funcional), ficar sem expressão facial, ficar em silêncio ou evitar o olhar da mulher. É importante observar que todos os maridos que se veem diante de um distúrbio conjugal exibem alguma modalidade de comportamento de retraimento.
Embora os homens tenham deixado de serem caçadores, sua programação biológica e sua hiper-reatividade fisiológica ao perigo continuam sendo parte intrínseca da sua fisiologia. Desconhecendo que as reações de fuga do marido resultam dessa programação, a mulher vai ficando cada vez mais irritada porque parece que ele não se importa mais com ela, e sem o desejar, desencadeia no marido mais alarmes biológicos de incêndio.  Quanto mais ele foge, tanto mais brava ela fica e dentro de muito pouco tempo as brigas conjugais se tornam crônicas.
Para piorar as coisas quando a ativação do SNA está no seu nível Maximo, sobrevém outra reação fisiológica que intensifica ainda mais o conflito conjugal: há uma redução das funções cognitivas masculinas, o que significa que a razão e a lógica deixam de existir. Esse mecanismo de paralisação das funções cerebrais era uma reação necessária à adaptação em épocas pré-históricas. Quando o homem primitivo caçava, vendo-se diante de um predador feroz, era melhor que sua mente não estivesse disponível para ele analisar suas opções (“será que vale a pena morrer tentando abater esta fera”?). Antes de acabar de fazer estas ponderações provavelmente o homem das cavernas já teria sido devorado. Na pré-história, a interrupção do funcionamento cognitivo era vital para a sobrevivência, não apenas para o homem, mas também da espécie.
Ainda que esse mecanismo de interrupção do funcionamento do cérebro tenha sido uma medida de sobrevivência durante curto período de tempo, hoje esse mesmo mecanismo pode “matar” o marido. Quando a mulher furiosa se lança sobre o marido ele precisa de todas as suas funções cognitivas superiores, como o raciocínio e a capacidade de resolução de problemas, para enfrentar essa ameaça. Por infelicidade, justamente os instrumentos que ele precisa para solucionar o conflito, foram desativados, e ele fica impedido de participar de modo produtivo de todo intercâmbio relacional. Isso explica porque em casamentos abalados por atritos crônicos, as brigas costumam se desenrolar de acordo com um padrão bem definido; sempre acontecem do mesmo jeito, dado que não há a disposição do marido, o pensamento criativo capaz de examinar táticas alternativas de combate.
Outro fator que leva os conflitos conjugais a adquirir caráter crônico é o fato de ser necessário ao homem um tempo maior – bem maior do que aquele de que precisa a mulher – para que sua química interior volte ao normal depois do estresse. Na realidade, a pesquisa de L. J. P. Van Doornen mostrou que, em casamentos nos quais os conflitos são constantes, a química masculina nunca volta a se equilibrar. A cada briga subsequente, a ativação alcança níveis mais elevados e o pavio fica cada vez mais curto o que faz o homem correr o risco de agredir fisicamente antes de ter a oportunidade de fugir. Esse risco tem especial magnitude em casos de homens impulsivos que já são propensos a reagir por meio da agressão física. Deve-se observar aqui que a violência doméstica não é o foco deste artigo. E se alguma mulher é casada com um homem que a espanca ou se sentir em perigo de agressão física, deve procurar ajuda profissional.
O que se deve ter em mente é que, em todos os casamentos atingidos pelo conflito crônico, a ativação residual do SNA e a interrupção crônica do funcionamento cognitivo, alimentam a continuidade da discórdia e do conflito.
Historia que ouvi ou vivi...
Jorge volta pra casa e, sem que o saiba, uma briga está em via de acontecer.
- Você trouxe o leite? – Pergunta Marcia, sua mulher.
- Não. Esqueci – responde ele, empalidecendo.
- Eu lhe pedi que fizesse isso ao voltar para casa! – suspira Marcia.
Jorge fica encarando Marcia, incapaz de dizer uma única palavra.
- Você não ouviu nada do que eu lhe disse!
- Claro que ouvi!
- Então o que foi que eu disse?
Jorge fica olhando para ela com o maxilar contraído.
- Vou refrescar sua memória. Você disse que se esqueceu de comprar o leite.
- Eu sei o que eu disse.
- E então o que você me diz dessas latas de cerveja que está trazendo?
- Bem... Comprei na loja do posto quando parei para abastecer o carro – diz Jorge, meio gaguejando e fechando os olhos.
- E lá não tinha leite né? – diz Marcia com sarcasmo.
- Não posso me lembrar de tudo. Você por acaso se incomoda em saber como o meu dia foi duro hoje. – Ele vira o rosto.
- E o que tem haver o seu dia duro com o leite? Você como sempre, se esqueceu, já que nunca dá importância para aquilo que te peço.
- Não é nada disso. Eu compro coisas para você – Diz ele ainda desviando o olhar.
- O que você compra? Pergunta Marcia, elevando a voz.
- Ora, biscoito, sorvete, doce, grita ele. E ainda a semana passada te convidei para um jantar a luz de velas, mas você não quis ir.
- Jantar a luz de velas? E com um tom irônico ela diz – Aquilo foi uma palhaçada, onde já se viu comer pizza a luz de velas? ... E pare de dar desculpas o fato é que você esqueceu a droga do leite isso sim!
- Pois é esqueci a porcaria do seu leite. Tenho coisas mais importantes em que pensar. Por exemplo, em como sobreviver ao lado de uma bruxa. – E Jorge sai e bate a porta com força.

Entendo o que aconteceu
No exemplo acima, Jorge apresenta uma condição fatal de comoção cerebral decorrente da ativação crônica do SNA. Do mesmo modo, a obstrução cerebral também fez Jorge ficar incapaz de se comunicar, conforme demonstra ao fechar os olhos e desviar o olhar. Além disso, tornou-se um débil mental. ‘My God!’ O que aconteceu com o coitado do Jorge? Os músculos de todo seu corpo estão enrijecidos, o que explica aquele olhar vazio e frio que a mulher interpreta como absoluta falta de interesse pelo o que ela diz.  E os músculos dele estão tensos porque se preparam para lutar ou fugir. Como ama a mulher, Jorge não quer ataca-la, por isso prefere fugir.
A primeira forma de fuga de Jorge foi o retraimento psíquico. Sua mente se afastou do ambiente; ele deixou de perceber as coisas, ficou surdo e evitou encarar a mulher. Marcia ofendeu-se com a aparente falta de consideração e se irritou ainda mais. A ativação do SNA de Jorge alcançou níveis mais altos e ele entrou em fuga verbal - murmurou desculpas, ficou na defensiva, recusou-se a assumir a responsabilidade por seu comportamento irritante. Essa fuga verbal encolerizou a esposa ainda mais (“Como ele se atreve a se virar contra mim?”), e ela ficou mais agressiva, intensificando assim o nível de ativação do SNA de Jorge.
Como a fuga verbal não conseguiu acalmar a situação, o corpo de Jorge fugiu fisicamente. Ele escapou da sala para restabelecer seu equilíbrio químico; mas, por infelicidade, toda vez que Jorge se retrai fisicamente, Marcia interpreta este comportamento como uma prova adicional do descaso dele com relação a ela. Ela vai ficando cada vez mais irritada; a ativação do SNA de Jorge alcança níveis cada vez mais elevados, de modo que ele passa a receber mensagens interiores para fugir do perigo. E, o que é pior, essas mensagens de perigo se tornam parte do estado “normal” de Jorge. A ativação constante do SNA de Jorge leva a uma redução crônica da capacidade cognitiva dele, o que explica o fato dele sempre se esquecer do leite. Enquanto sua química estiver alterada, ele vai continuar a se retrair. Marcia, por sua vez, continuará irritada, o que assegura a continuidade desse desequilíbrio químico de Jorge - e disso resulta o estado crônico de conflito entre eles.      
Muito bem, você deve estar se perguntando por que eu estou escrevendo sobre química? Porque o primeiro passo para evitar a principal causa do conflito crônico começa com a compreensão de que os vários comportamentos de retraimento de seu marido, namorado,  de seu companheiro não são um indicio de falta de amor. Esses comportamentos decorrem de um mecanismo primitivo, de base biológica, que não esta no alcance do homem controlar.
Se os homens são assim o que fazer? Muitas coisas, mas isso é assunto para uma próxima conversa se você assim o desejar.
Valeu gente. Estou aberto para o dialogo.

Quando estamos sob "pressão" ministerial e espiritual

Olá pessoal! Como diria o Matuto: "Ói nóis aqui traveiz".
Minha proposta hoje exposta aqui neste artigo é compartilhar com vocês um pouco do momento que estou vivendo e procurando aprender com o mestre dos mestres; Jesus.

Vem comigo para o Cenário do enredo...
36. Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: "Sentem-se aqui enquanto vou ali orar". 37. Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.  38. Disse-lhes então: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo". 39. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". 40. Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. "Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora? ", perguntou ele a Pedro.41. "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca". 42. E retirou-se outra vez para orar: "Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade". 43. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. 44. Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45. Depois voltou aos discípulos e lhes disse: "Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!" Mateus 26.36-46. NVI

JESUS E O DESGASTE EMOCIONAL
O pastor Jesus chegou ao final do seu ministério, depois de três anos abençoadissismo  e ininterruptos. Neste momento o filho de Deus se sente só, com um grande peso que o sufoca e o entristece, a ponto de sentir a sua alma angustiada, que o projetou a fina linha da morte.
Na minha perspectiva que com certeza pode ser diferente da sua, Jesus sentia falta neste momento de apoio integral dos discípulos, pois os mesmos não compreendiam a intensidade da sua dor. Ele não apenas sentia-se só, mas também  sem ter com quem compartilhar o motivo da sua angustia.
Das coisas que Jesus sentia falta que listei acima qual delas você sente falta no momento?
Em nenhum momento dos evangelhos a humanidade de Jesus foi tão bem descrita como na experiência do Getsêmani. O terror da morte iminente abateu-se sobre ele sem dó e sem piedade. Ele mesmo dissera que estava numa “tristeza mortal” (v. 38).  Mas o que significa humanamente falando, estar “numa tristeza mortal”? ...
Posso vê-lo a cambalear pelo Getsemani, ocasionalmente tropeçando e caindo, pensamentos iam e voltavam para desafiar a sua resolução. Que sentimentos eram estes que o faziam sofrer tanto? Talvez você nunca tenha pensado nisto mas fato é que eles eram tão intensos que o evangelista Lucas no capitulo 22 de seu evangelho nos diz que seu sangue pingava com o suor dos seus poros. Por que ele deveria sofrer em favor da humanidade? Ele não seria menos santo e nem menos justo se permitisse que a raça de homens afetados pelo pecado sofresse a justa conseqüência da sua própria rebelião.
Amigo nada obrigaria Jesus a completar sua missão; nada a não ser o seu amor pelas pessoas e pela obediência ao Pai. "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". Estas foram às palavras que expressaram sua agonia. Ele queria se submeter à vontade de seu Pai, mas a luta era intensa, pois embora soubesse ser necessário trilhar o caminho da cruz seu coração, dizia não. A razão e o coração diziam coisas diferentes e ele não se submeteria  a vontade do Pai antes que a tentação o atacasse outras vezes. Ele teria que reafirmar aquilo que sua mente dizia nada  menos que em três momentos distintos. Cada tentação foi enfrentada coma a mesma resolução: “...Não seja como eu quero, mas sim como tu queres".
Você já passou por algo semelhante amigo? Travar a luta entre o querer e o  dever? E o pior não poder abrir totalmente o jogo com os “amigos”? è claro que estes meus questionamentos nem de longe se comparam com os motivos da  guerra que Jesus travara, mas também não estou preocupado aqui em estar teologicamente correto, estou apenas discorrendo sobre sentimentos e ideias. (espero que você entenda isto!)
Mas vamos seguir em frente. Veja que apesar deste momento de tristeza mortal, Jesus ainda assim se preocupou com os seus discípulos:
· Abrindo-lhes o coração e mostrando-lhes o modelo: “sozinho não dá”.
· Vigiem”... fiquem comigo! Isto no futuro iria lhes valer a vida.
· Preocupou-se com o futuro deles: “Para que não caiam em tentação”.
· Não romantizou, mas mostrou-lhes a realidade do momento: “Minha hora é chegada”.  
No versículo 38, Jesus pede: “Vigiem comigo”, e  no versículo 41 ele diz: “vigiem e orem”. Por que Jesus acrescenta o “orem”? Bem a meu ver isto tem conotação de cuidado. “Preocupem-se com vocês mesmos”. Tem uma conotação de batalha espiritual. Mas não vou me estender muito aqui senão isto vira uma monografia e esta não é minha intenção.
Afinal, o que Jesus nos ensina com a experiência do Getsêmani? Não sei quanto a você, mas tenho aprendido pelo menos 6 coisas (ainda que na teoria).
·         Que devemos enfrentar a dor de frente.
·         Que assim como Ele, todos nós temos limites (3 vezes).
·         Ele também quis tomar um atalho: “se possível...”.
·         A lançar diante de Deus com sinceridade, sem hipocrisias, sem falsa espiritualidade, nossas angustias e medos.
·         Que precisamos e podemos abrir de fato o coração ao Pai.
·         Que até mesmo os íntimos, os chegados,  podem falhar na hora em que mais precisamos.
E você o que pode aprender com esta experiência do Getsemani?

O DESGASTE MINISTERIAL
No Getsêmani Jesus estava aflito, pouco a vontade e desconfortável. No ministério como Ele, também devemos estar nos preparando para conviver com esta dura realidade. Pois, inevitavelmente, estaremos sujeitos a sentirmo-nos só em vários momentos da vida. O ministério e especialmente o ministério pastoral é combate, é guerra. É luta sem trégua e sem acordos e conchavos. O lema do soldado de Cristo nesta guerra é um só: vencer ou vencer. Pois temos que acabar a carreira. E acabar a carreira requer alto sacrifício de lutar e vigiar em todo tempo, com seriedade, ética e temor. Portanto, não adianta somente iniciar bem. É preciso continuar progressivamente bem e terminar bem... Tudo isto amigo, produz inevitáveis sofrimentos.
Em suma, podemos dizer que o desgaste ministerial consiste num estado de espírito, de desanimo, e perda de motivação para continuar a missão. Este estado pode ser chamado, também, de esgotamento, que é a exaustão causada por excessivas de mandas de energias, forças e recursos.
Talvez você não exerça um ministério pastoral, mas de alguma forma também se sente como se estivesse se esvaindo de você uma ultima gota de força, de animo. Está tudo tão difícil!, Tão duro!, Tão cruel!, Tão pesado! Se assim for seu caso amigo você pode compartilhar comigo no espaço comentário deste blog que juntos levaremos a Deus as nossas Dores.

Três perguntas para serem respondidas apenas para você mesmo e/ou se desejar pode compartilhar comigo:
 1. Quais são as causas básicas do seu desgaste emocional ou ministerial?
 2. Você está tendo que lidar, no momento, com alguma destas causas do desgaste emocional ou ministerial?
 3. Já analisou quais seriam alguns passos a serem dados para superar este problema?

Conflitos & Conflitos

De modo intencional ou intuitivo todos os seres viventes se relacionam. Alguns com peculiaridades muito diferenciadas e interessantes. Do ponto de vista humano os relacionamentos fazem parte da vida, mas temos um diferencial – a capacidade da inteligência.
Como temos lidado com os nossos relacionamentos? É este o assunto desta reflexão. Como você busca resolver os conflitos? Mediá-los sem desequilibrar-se? Quais os princípios capazes de promover sucesso na interação com as pessoas?
Muitas vezes ficamos completamente desiludidos com as pessoas e como consequência, passamos a nos relacionar com elas superficialmente.
“Os relacionamentos nos ajudam a definir quem somos e quem podemos nos tornar. A maioria de nós pode creditar seu sucesso a relacionamentos cruciais”.
Nesta citação de Clifton & Nelson encontramos realidades acerca dos relacionamentos:
Primeira: Quem somos? A nossa origem é explicada pelos relacionamentos e precisamos respeitar isto.
Segunda: Onde podemos chegar? A maneira como vivemos e até onde chegaremos dependem em muito dos relacionamentos.
Existem dois eixos fundamentais que revelam a importância dos relacionamentos em nossas vidas:
O relacionamento com DEUS e o relacionamento com as PESSOAS.
O equilíbrio nos relacionamentos depende do seu investimento nestas duas vertentes. Mas, é necessário que você saiba que o nível da sua relação com Deus determinará o nível dos seus relacionamentos interpessoais.
Há algo inseparável na esfera das relações humanas - OS CONFLITOS. Eles são extremamente dolorosos e deixam marcas inesquecíveis como consequências. Por vezes as tragédias, as dores reaproximam os contendores, mas jamais as relações serão as mesmas, ficará no ar a mágoa e a dor. Permanecerá a desconfiança de que quem uma vez aprontou, fará de novo. É preciso administrar os problemas existentes dando lugar ao desenvolvimento qualitativo de vida. Isto se dá de dentro para fora. Leva tempo, entretanto, deve-se considerar que os resultados, conforme a vontade empregada no processo trará maior liberdade para viver, individualmente e de forma conjunta.
Os conflitos nos relacionamentos são inevitáveis por que:
a) Somos DIFERENTES até em relação aos nossos familiares; gostos, aptidões, valores e sonhos. Assim, nos diversos momentos que precisamos estar ao lado de outra pessoa diferente o conflito torna-se inevitável.
b) Somos EMOCIONAIS. Um dos grandes motivos para os conflitos é porque somos emotivos. Muitas vezes levamos para o chamado lado pessoal um desentendimento. Isto acontece na maioria das vezes em função das nossas emoções não trabalhadas. Uma pessoa com emoções turbulentas e instáveis promove relacionamentos conturbados.
c) Somos INFLUENCIADOS. Nos dias atuais é grande o investimento de tendências que determinam em muito a vida humana. Recebemos sugestões de como devem ser os nossos relacionamentos que muitas vezes mais atrapalham do que ajudam, baseados no egoísmo e na individualidade.
d) Somos COMPLEXOS Nós nos surpreendemos conosco mesmo em diversas situações na vida. Somos c-o-m-p-l-e-x-o-s! Um exemplo disto é nunca sabermos exatamente como vamos passar uma situação até que estejamos nela.
Como geralmente lidamos com os conflitos? Vejamos as maneiras mais comuns...
a) Evitar o conflito: “Não vou discutir isto de jeito nenhum!”
b) Ser intransigente: “Eu sempre tenho a razão!”
c) Desistir rapidamente do conflito: “É melhor eu parar para não piorar as coisas!”
Posso lhe garantir por experiência própria que estas três maneiras não são as mais corretas.
d) Buscar solução conjunta: “O que faremos para resolver isto”? Uma vez que os conflitos são inevitáveis e que basta haver duas pessoas para que eles nasçam esta é a maneira mais correta de enfrentá-los.